O veleiro polaco Spirit One está, há dias, encalhado junto à Costa Vicentina. Em Lagos, as condições atmosféricas têm estado extremamente adversas. Ainda assim, a Polícia Marítima, enfrentando chuvas e ventos, está a proteger o veleiro para que o mesmo não se danifique completamente.
O local onde a embarcação Spirit One se encontra encalhada é de muito difícil acesso. Para piorar a situação, o estado adverso do clima e do mar impede que seja empreendido qualquer esforço de remoção do veleiro. As autoridades estimam que só daqui a alguns dias o possam fazer.
No entanto, todos os bens de valor e equipamentos de navegação já foram retirados e levados para terra. As operações de resgate do Spirit One não se afiguram particularmente fáceis. Para rebocar a embarcação, será necessário fazê-la passar por uma zona muito rochosa.
Assim que o veleiro começar a flutuar, uma equipa de mergulhadores terá de inspecioná-lo e procurar por rombos no casco que precisem de ser tapados. O destino desta operação é o porto de Lagos, a certa de vinte milhas náuticas de distância. Para assegurar que o Spirit One chega até lá, serão colocados no seu interior grandes balões de flutuação.
No mesmo dia em que o veleiro mostrou perigos de afundamento e encalhou, a Polícia Marítima de Lagos conseguiu proceder à busca e salvamento dos três membros da tripulação polaca, assustados, mas não feridos.
Todavia, as ondas não permitiram que o salvamento fosse efetuado mal os tripulantes foram avistados. A Polícia marítima e os homens tiveram de esperar cerca de uma hora no mar até todos serem resgatados sem complicações.
É curioso notar que a rota anual comum do comandante do Spirit One assemelha-se muitíssimo às rotas de várias aves migratórias. Desta vez, a grande ave de asa partida sofreu uma inesperada, mas não letal, pausa na sua migração.